“Os jovens se cansarão
e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as
suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão;
andarão, e não se fatigarão” Isaías 40:30-31
Sendo parte de uma sociedade de micro-ondas onde a
gratificação instantânea não é apenas preferida, mas amplamente esperada, a
palavra “esperar” pode trazer desconforto aos nossos corações e mentes. Isso é
especialmente verdade quando as coisas não estão indo do nosso jeito. O
desconforto de ter que esperar pelo que precisamos representa uma ameaça à
nossa fidelidade a Deus, pois paciência, longanimidade e perseverança são
necessários nessa busca. A angústia e o desânimo podem nos fazer sentir
desamparados e sem esperança, fazendo-nos querer desistir (1 Reis 19). Para nos
protegermos desse perigo, devemos abraçar a posição bíblica e esperar no
Senhor.
O termo subjacente traduzido “esperar” indica olhar
ansiosamente, esperar, contar com e aguardar pacientemente as bênçãos de Deus
em Seu próprio tempo. Isso não é simplesmente não fazer nada enquanto
aguardamos um determinado resultado. Implica permanecer perto de Deus e em Seu
serviço enquanto aguardamos com expectativa Suas promessas. Esse princípio
percorre toda a Bíblia e está ligado a grandes promessas e conforto. No Salmo
25:3, os que esperam no Senhor não serão envergonhados, mas os traiçoeiros
serão. O Salmo 37:34 promete que Ele exaltará aqueles que esperam por Ele.
Lamentações 3:25 fala da bondade de Deus para aqueles que esperam por Ele.
Romanos 8:24-25 conecta a espera em Sua esperança com a salvação. Embora seja
mais fácil falar do que fazer, paciência e longanimidade resultam em resolução
verdadeira e duradoura para nossas necessidades mais profundas.
Talvez nenhuma outra passagem descreva melhor essa verdade
do que Isaías 40:27-31. Os primeiros trinta e nove capítulos de Isaías revelam
principalmente o juízo iminente de Deus sobre Israel, Judá, Jerusalém e as
nações vizinhas. Ao ouvir os pronunciamentos desses capítulos, o povo de Israel
e Judá certamente ficaria cheio de ansiedade e medo. Ter visto esses
pronunciamentos se concretizarem apenas intensificaria essa ansiedade, ao mesmo
tempo em que chamaria o desespero ao lado dela. Felizmente, a história não
termina aqui.
No capítulo quarenta, a palavra de Deus por meio de Isaías
mudou de juízo para libertação. Embora a justiça exigisse que as nações
rebeldes fossem humilhadas, Deus ainda tinha promessas que certamente
cumpriria, como sempre faz (Números 23:19; Hebreus 6:13-20). A maior delas é a
promessa de destruir a serpente com a semente da mulher (Gênesis 3:15; Gálatas
4:4) e abençoar todas as famílias e nações da terra através da semente de
Abraão (Gênesis 12:1-3; 22:15-18; Gálatas 3:16). Aguardando o cumprimento de
todas as promessas de Deus, Isaías deu aos cativos desesperados a garantia que
seria necessária para que suportassem a aflição e continuassem a seguir o
Senhor.
O Senhor sabia que o cativeiro faria com que muitos
questionassem se Ele ainda se importava com Seu povo. O Salmo 89 é um exemplo
em que Etã, o ezraíta, implorou a Deus para saber quanto tempo antes de Sua ira
diminuir. Deus havia rejeitado Seu povo e com ele as promessas a Abraão,
Isaque, Jacó, Davi e à nação? Isaías assegurou aos cativos que o Deus eterno
não estava inconsciente de sua situação nem limitado em Sua capacidade de
libertar (vv. 27-28). Ao contrário, Ele dá poder aos fracos e força aos que não
têm poder (v. 29). Embora os jovens e os velhos cedam à pressão (v. 30),
aqueles que esperam no Senhor terão suas forças renovadas (v. 31).
Observe a oferta esmagadora dessa força. Aqueles que esperam
no Senhor subirão com asas como águias à medida que vão do colapso espiritual
para o voo espiritual. Eles correrão sem se cansar e caminharão sem desmaiar.
Resumindo, aqueles que esperam no Senhor receberão toda a força necessária para
perseverar em todas as circunstâncias (1 Coríntios 10:13; 2 Timóteo 3:16-17).
Você está esperando no Senhor?