O Pecado do Deserto

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“28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: 29 Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; será este, porventura, o Cristo? 30 Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele…. E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito” João 4:28-30, 39

Se você não sabe o que é o pecado do deserto, você não está sozinho. A história não está na Bíblia, mas ilustra um ponto bíblico poderoso. O pecado do deserto vem da história de um pastor beduíno que respondeu a um homem cristão que lhe falava persistentemente sobre Jesus. Ele disse ao homem: “Eu entendo porque você é persistente. Você não quer cometer o pecado do deserto”. Não entendendo o que a declaração significava, o homem buscou esclarecimentos. O beduíno explicou que “o pecado do deserto é saber onde há água, mas se recusar a contar aos outros”. Esta é uma descrição muito apropriada de conhecer Jesus e não contar aos outros sobre Aquele que trouxe a água viva (João 4:10).

Uma rápida olhada no contexto de João 4 ajudará a ilustrar o ponto desta discussão. Tendo decidido passar por Samaria a caminho da Judéia para a Galileia, os discípulos de Jesus foram à cidade para comprar comida (v. 8). Enquanto eles estavam fora, Jesus pediu a uma mulher samaritana um pouco de água do poço. Por causa da contenda entre judeus e samaritanos, Seu pedido rapidamente chamou a atenção dela (vv. 7-9). Depois de pedir a ela água, Jesus ofereceu a ela um tipo muito diferente de água (vs. 10). Ele alegou que esta água saciaria permanentemente a sede e jorraria para a vida eterna (vv. 13-14). Isso levou a uma conversa em que Ele contou a ela tudo o que ela já havia feito, convencendo-a de que Ele era o tão esperado Messias (vv. 15-30).

Tendo encontrado este poço de água para a alma no deserto do pecado, esta mulher samaritana estava tão ansiosa para compartilhá-lo com seu povo que esqueceu seu pote de água de barro (v. 28). Por causa da relutância dessa mulher em cometer o pecado do deserto, “…muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito…. E muitos mais creram por causa da palavra dele” vv. 39, 41).

No reino físico, é fácil ver por que um viajante do deserto pode ser tentado a manter o conhecimento de um oásis para si mesmo. Se todos fossem beber daquele pequeno suprimento de água, em breve você poderia ter sede novamente. No entanto, a água viva que Jesus trouxe é suficiente para saciar a sede de tantos quantos vierem e dela beberem; observe a frase “…quem beber da água que eu lhe der…” no versículo 14. Outras passagens também demonstram esse princípio, embora em termos diferentes (João 1:10-13; 3:16; 1 Timóteo 2:4 -5; 2 Pedro 3:9; 1 João 2:1-2, e outros).

Se olharmos mais de perto o versículo 14, veremos que quando continuamos bebendo da água viva de Jesus, ela se torna em nós uma “… fonte de água que jorre para a vida eterna”. A palavra traduzida como fonte denota uma fonte de água corrente que pode saciar continuamente a sede de nossa alma, sustentando-nos assim por todo o caminho para a vida eterna. Como Jesus disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6). Sua alma está com sede? A única solução é beber da água viva que só Jesus possui. Sua sede foi saciada? A única coisa a fazer agora é compartilhar este oásis com outras almas sedentas. Há água em abundância, então nunca podemos cometer o pecado do deserto.

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